Os Trolls  (Trasgos)

Trolls são seres humanoides (antropomórficos) enormes que chegam a atingir vários metros de altura, geralmente, ultrapassando os 3 metros e meio. Típicos da cultura escandinava caracterizam-se por habitar locais com pouca intervenção humana, como florestas, montanhas e alguns rios. Possuem uma inteligência muito ruim, porém são temidos por sua agressividade e força sobrenatural, sem contar do apetite descomunal.

Sua comunicação com os demais animais da espécie ocorre através de grunhidos fazendo com que sua linguagem pareça primitiva, embora existam casos em que foram notificados trolls que conseguiram falar algumas palavras simples de idiomas humanos. Aqueles com um pouco mais de inteligência são treinados e usados constantemente por outros seres como guardiões e armas de guerra.

Estas criaturas possuem algumas diferenças nas características morfológicas de lugar para lugar, talvez isso se deva pelo exagero ênfase dada a algumas destas. Contudo é comum em vários relatos trolls com narizes e orelhas grandes desproporcionais ao tamanho da cabeça.

Quanto à localização e locais de moradia existe dois tipos básicos de trolls, os das montanhas (montanhês) e os das florestas (florestais). Embora haja alguns que considerem algumas subespécies de trolls que vivem em rios (fluviais). Os montanheses são os maiores e mais ferozes e apresentam pele de cor acinzentada. Costumam ter pelos para proteger contra o frio das montanhas. Os florestais são um tanto menores, raramente ultrapassando o tamanho das árvores, sua pele possui coloração esverdeada e carregam em seu corpo, em meio aos pelos, alguns tufos de espécies vegetais parasitas. Há ainda os trolls fluviais que seriam aqueles que vivem ao longo dos rios em grutas próximas aos cursos d’água, cavernas com lagos internos e debaixo de pontes. Sua pele geralmente é de cor roxa a azulada.

Comem carne crua e não escolhem presas, comem qualquer tipo de animal, inclusive humanos. Quando sem alimento comem pedras e cascas de árvores. Pouquíssimas subespécies vivem em grupo, a maioria prefere viver solitariamente.

Algumas espécies vivem em guerra, usando pedras e troncos de árvores para se atacarem. Os trolls, entretanto são muito fortes e resistentes, não se machucam com facilidade, porém possuem um grande fragilidade a luz, pois quando exposto a luminosidade transformam-se em pedra calcária, “fossilizando”. Quando mais jovens e com organismos mais ativos, não se petrificam ao ser expostos a luz, mas sim explodem. Uma outra característica interessante dos trolls são o numero de cabeças que algumas subgrupos podem adquirir, isto é, todos os trolls nascem com apenas uma cabeça, porém ao longo da vida alguns adquirem novas cabeças como uma forma de mecanismo de defesa usado para intimidar outros trolls ou atrair femeas. Outros, no entanto, podem viver um milênio e não irão adquirir outras cabeças. Um jeito de identificar a cabeça original seria através dos olhos, pois somente essa os possuem.

A idade dos trolls é uma “incógnita”, pois cada fonte dá uma informação diferente, alguns dizem que vivem até 75 anos outros dizem que podem viver até 1500 anos. Sendo assim não estipularemos idades para os trolls aqui da Taberna.

Quanto aos subgrupos dependem muito de sua região de origem. No filme O Caçador de Trolls isso fica um tanto evidente sendo alguns subgrupos citados, como por exemplo: tusseladd, rimtusse, raglefanten, dovregubben, harding e jotun.

Na cultura escandinava os trolls tem a capacidade de farejar sangue cristão, e isto talvez se deva a uma alusão ao fato de os nórdicos, durante a Idade Média principalmente, os odiarem. Com isso os trolls que são criaturas pagãs e com ligações entre a natureza nórdica veem os cristãos como seres estrangeiros e ofensivos, assim como um animal vê outro como inimigo.

Enfim, os trolls são abordados de diversos modos, em literaturas diferentes e com algumas variações regionais, são utilizados e adaptados também por Tolkien e Rowling em suas obras.

Por fim podemos dizer que mesmo com essas diferenças de abordagem, os trolls são mais uma das diversas criaturas fascinantes da cultura escandinava, que assombraram o imaginário humano durante bom tempo. Mas tome cuidado nunca fiquei em pontes ou em florestas sozinhos, pois você pode ser atacado a qualquer momento, e provavelmente não sobreviverá para contar a história!